A Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em parceria com o Grupo Ambientalista da
Bahia (Gambá), irá realizar estudos de caracterização da cobertura vegetal, da
fauna e dos aspectos socioeconômicos e antropológicos da Serra da Jibóia. A
região detém um dos últimos maciços de Mata Atlântica significativos do
Recôncavo Sul Baiano, com 7.200 ha contínuos de floresta em estado avançado de
regeneração.
O projeto
“Unidade de Conservação da Serra da Jibóia: uma estratégia para conservação no extremo norte do
Corredor Central da Mata Atlântica” é financiado
pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). A UFRB
e o Gambá estiveram reunidos, na última sexta-feira, 4, no campus de Cruz das
Almas, para os últimos detalhes e afinar uma agenda conjunta do projeto. Sob a
coordenação da professora Alessandra Caiafa, uma equipe de pesquisadores vai
compilar os dados já existentes e os que serão levantados em campo.
Um conselho
gestor será instalado com representantes do poder público e da sociedade civil
para acompanhar a realização do projeto e discutir a melhor forma de proteção à
região que compreende os municípios de Elísio Medrado, Santa Terezinha,
Varzedo, São Miguel das Matas e Castro Alves. A necessidade de uma Unidade de
Conservação e qual, ou quais, modelos seriam mais adequados à região serão
deliberados de forma participativa e os resultados encaminhados aos órgãos
competentes.
A Serra da
Jiboia
A Serra da
Jibóia está em área de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, o que
torna a região extremamente peculiar. Esse maciço florestal contribui para a
proteção das nascentes de 3 bacias hidrográficas importantes para o Estado da
Bahia e foi palco das últimas lutas de resistência dos Índios Kariris-Sapuyas,
no século XIX. Os altos índices de pluviosidade inspiraram o seu nome indígena
“Serra do Guarirú”, que significa “depósito de água”.
Nos últimos 15
anos, diversas instituições e proprietários da região vêm demonstrando o anseio
de proteger o complexo serrano da Jibóia por meio de uma unidade conservação.
Estudos preliminares realizados já encontraram 4 espécies de plantas que
constam na lista oficial da flora silvestre brasileira
ameaçada de extinção, além de 312 espécies de animais silvestres,
principalmente no perímetro da reserva Jequitibá. Esta lista, que deve ser
ampliada após o fim dos estudos, comprova a importância da região em termos de
biodiversidade e a necessidade de proteção.
Infosaj /
Almeida Notícias
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