12 de junho de 2018

COLUNA LUGAR DE FALA: Grupo de Capoeira vem realizando importante trabalho em Elísio Medrado e região


"Capoeira é uma palavra de origem tupi que significa a vegetação que nasce após a derrubada de uma floresta. No Brasil-Colônia, este nome foi também dado ao “Jogo de Angola” que aparecia nas fazendas e cidades, desde que aqui foram trazidos escravizados os primeiros grupos de africanos de origem banto. A Capoeira praticada nas senzalas, ruas e quilombos foi vista como uma ameaça pelos governantes, que assim estabeleceram, em 1821, medidas de repressão à capoeiragem, incluindo castigos físicos e prisão."

Presente em Elísio Medrado desde 1996, o grupo de capoeira Axé Bahia tem um vasto histórico no desempenho dessa tão importante expressão cultural afro-descendente. Ao longo desses anos foram muitos altos e baixos enfrentados pela associação, ora com destaque absoluto, ora quase extinto no município, entretanto, no atual momento os amantes do esporte mais uma vez se fazem forte, mantendo a tradição.
Um dos símbolos dessa nova geração de capoeiristas do grupo Axé Bahia medradense é o aluno formado Pezão (Evandro Ribeiro) que tem sido muito atuante na busca da manutenção da prática no município. Segundo Pezão, a sua luta dentro da capoeira não é por questões financeiras e sim pelo retorno social que o esporte produz, disse ainda que fica realizado em ver seus alunos, que em sua grande maioria são de famílias carentes, apresentando satisfatórias mudanças comportamentais, melhora na comunicação, aproximação da cultura negra, bem como o esporte por si só. 
Aproveitando o ensejo, o grupo Axé Bahia na pessoa do Formado Pesão convida-lhes para uma roda que será realizada no próximo sábado (16) na cobertura da feira, a partir das 08 hs da manhã.
Pezão conta que capoeira não é apenas o que o povo ver, a roda apenas, pois há um contexto de ação social que envolve o grupo, que na medida do possível tem realizado distribuição de cestas básicas e roupas, dentre outras. Segundo ele o preconceito a capoeira e aos praticantes sempre foi muito forte, mas que com ações pontuais como as rodas de conversas esse problema vem sendo enfrentado e desconstruído. Outra situação trazida é a falta de apoio do poder público, que sempre relega este esporte a condição de menos importante e são raros os recursos destinados a este.













Texto: Odemar Lúcio 
Fotos: Pesão


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