Somente
no segundo semestre de 2017 o preço do gás de cozinha sofreu seis aumentos, em
contrapartida o aumento anual do salário
mínimo teve dois cortes de R$ 10 cada – nunca na história desse país isso
aconteceu. Essa é a conta mais simples de se fazer: aumento do botijão +
diminuição do salário mínimo = menos comida na mesa do trabalhador
Por
muito menos disso em 2015 as pessoas foram às ruas protestar contra o aumento
de 20 centavos nas tarifas de ônibus em São Paulo, embora o aumento só atingisse
diretamente os paulistas, o descontentamento foi geral e ganhou projeção
nacional, hoje, sendo o aumento do gás de cozinha destinado ao país inteiro não
se ver a mesma coesão social, o mesmo descontentamento. Algo ta muito errado
neste país! O atual estado de passividade e conformismo das pessoas – me incluo
– me deixa assustado, ao passo que fico preocupado, já que a revolta, a
resistência são alguns dos poucos artifícios coercitivos que o povo possui.
Lima
Barreto, escritor e jornalista, disse certa vez: “o Brasil não tem povo, tem
público”. Nunca esta afirmação fez tanto sentido! Temos sido apenas platéia
enquanto os gestores, eleitos para nos representar estão protagonizando um verdadeiro
assalto coletivo, estourando diariamente os caixas eletrônicos dos cofres
públicos, metendo a mão em nossos bolsos sem precisar usar armas, o famigerado
“perdeu” e o famoso tapinha nas costas se confundem no que diz respeito à
intenção final.
E
enquanto aos políticos e cidadãos que optam por não se posicionarem a respeito,
só tenho algo a dizer: Não se posicionar
também é um posicionamento político!
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