14 de dezembro de 2011

A falta de ética jornalística

Por Odemar Lúcio
É certo que toda e qualquer profissão exige de seus executores os fatores como competência, responsabilidade e no caso do jornalismo, algo torna-se ainda mais importante, trata-se do discernimento ético, ou seja, capacidade de visualizar com sensatez, moralidade e critérios os assuntos a serem abordados, a forma a qual será usada para discorrer o tema, atentando ao vocabulário, a disposição ou não de imagens, visando não descumprir os preceitos sociais e legais.

Infelizmente, o ato de reportar acontecimentos e jornalizar estão com a questão ética altamente comprometida, consequência da concorrência selvagem, do sensacionalismo, da falta de independência, o que transforma a mídia informativa em fábrica de mentiras, lente de aumento de fatos escolhidos, expositores de um idealismo patético, enganador, falso moralista, e socialmente perverso.
Na tv baiana facilmente se percebe essa prática, onde um falso segmento jornalístico tem se desenvolvido, caracterizado pelo circo de horrores armado em pleno horário nobre, com emprego abusivo de imagens com conteúdo pesado e ofensivo, uso indevido do direito de expressão, ultraje ao pudor, ataque à decência e à ordem pública, chegando ao intolerante ponto de violentar a sanidade psicológica de nossas crianças, expondo assuntos impróprios, tais como questões sexuais, de forma brutal, usando termos e valendo-se de artifícios que não atendem a conduta do jornalismo legítimo.
A falta de compromisso com o ato jornalístico é a ferrugem que corrói o setor, visto que é necessário a qualquer profissional dessa e de qualquer área comprometer-se eticamente com sua função social.

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