15 de fevereiro de 2017

Planta brasileira pode desarmar bactéria resistente a antibiótico

Durante séculos a aroeira-vermelha é utilizada por comunidades da Amazônia para tratar infecções na pele e outros tecidos, porém, só agora cientistas conseguiram compreender essa prática de cura ancestral, em um estudo publicado na última sexta-feira no periódico Scientific Reports, um grupo de pesquisadores testou uma substância derivada da planta brasileira em camundongos e descobriu que alguns dos seus componentes são capazes de desativar genes responsáveis pela virulência da MRSA, sigla em inglês para Staphylococcus aureus resistente a meticilina, bactéria que é a principal causadora de infecções hospitalares.

Faz tempo que os cientistas vêm tentando encontrar uma solução para o crescente problema das infecções por superbactérias, já conseguiram desenvolver algumas alternativas de medicamentos, incluindo um novo tipo de antibiótico que ainda não existia no mercado e um remédio à base de vírus que ataca o interior das células bacterianas, a principal dificuldade, no entanto, é que se algumas dessas bactérias sobreviverem aos novos medicamentos, podem passar seus genes adiante e tornar as novas gerações resistentes a eles também, o extrato da aroeira-vermelha estudado por Cassandra e sua equipe, porém, atua de uma maneira diferente, chamado de 430D-F5, ele é composto por uma mistura de 27 substâncias químicas, nenhuma delas é capaz de matar a bactéria, porém, conseguem desarmá-la, silenciando o gene que é responsável pela comunicação entre os microrganismos.
Voz da Bahia

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