O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) afirmou hoje que o governo
do Estado prejudica mais uma vez a rede estadual de ensino ao não pagar os
trabalhadores terceirizados, o que faz com que as escolas sejam obrigadas a
suspender as aulas por tempo indeterminado por não terem quem faça limpeza e
manutenção nas unidades. “Este governo não tem nenhum compromisso com a
educação do filho do trabalhador. O ano letivo de 2014 já começou atrasado
devido à greve dos professores de 2012 e atrapalhou todo o calendário do ano
passado; a rede ficou mais sete dias sem aula devido a paralisação dos
trabalhadores e, agora, as unidades estão paradas pela paralisação dos
terceirizados. Até quando o filho do trabalhador vai ter que se contentar com
essa falta de respeito e de qualidade na educação pública? Parece até que esse
governo quer acabar com o ensino público e gratuito”, lamentou Bacelar.
O deputado lembrou que os profissionais de limpeza terceirizados que
prestam serviço para a Secretaria Estadual de Educação estão sem receber seus
salários há mais de dois meses. “Já denunciamos o caso de Irecê, mas a situação
é generalizada e está se espalhando por todo o Estado”, protestou Bacelar. São
mais de sete mil trabalhadores nessa situação apenas em Salvador e Região Metropolitana,
e mais de 40 mil trabalhadores em toda a Bahia, em sua grande maioria mulheres.
“O mais interessante é que o estado quer passar a responsabilidade para as
empresas terceirizadas. Mas essas terceirizadas não podem pagar seus
funcionários se o Estado atrasa o repasse de verbas. Além disso, caberia ao
Estado só contratar empresas que honrem seus compromissos trabalhistas”,
alertou Bacelar.
O deputado lembrou que já foram feitas manifestações na porta das
escolas da capital e interior, alertando para a falta de pagamento. Hoje, novas
manifestações foram programadas, envolvendo inclusive trabalhadores da
Universidade do Estado da Bahia (Uneb). “Os trabalhadores terceirizados ainda
são ameaçados de desemprego pelas empresas e correm o risco de perderem benefícios.
Mas como é que a Secretaria de Educação no Governo do Partido dos Trabalhadores
ainda permite esse tipo de contratação? Deveriam agir com mais rigor e honrar
seus compromissos“, concluiu Bacelar.
ASCOM João
Carlos Bacelar
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