O impacto da extinção das DIRES para municípios e população

Os servidores da 29ª Diretoria Regional de Saúde (DIRES) de Amargosa estarão promovendo  nesta terça-feira (20/1), às 10h, na sede da unidade de saúde, uma reunião com todo o quadro funcional. O deputado federal e ex-secretário da Saúde do Estado Jorge Solla  foi convidado e aceitou participar do encontro. De acordo com os organizadores do evento, a finalidade deste encontro será discutir os impactos no apoio institucional realizado pelas DIRES junto aos municípios do território, o impacto na assistência para os cidadãos atendidos pela DIRES e a posição dos trabalhadores que estão lotados na unidade, que ainda não têm nenhum tipo de definição com relação ao destino que os aguarda.

Vale destacar que a medida de extinguir as DIRES foi determinada pelo Governo do Estado, no fim de 2014, como parte da reforma administrativa, reduzindo de 31 Dires para 9 Núcleos Regionais de Saúde, sem nenhum tipo de discussão com a equipe da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia daquele período, surpreendendo a todos os servidores e dirigentes.

No momento, todas as extintas DIRES do Estado estão mobilizadas com faixas e servidores em operação padrão para informar o que está acontecendo à população baiana.  

Leiam o manifesto dos servidores através das redes sociais:

“Socorro! As DIRETORIAS REGIONAIS NO ESTADO DA BAHIA foram extintas! A equipe do governo não abriu espaço de diálogo com os servidores, municípios nem com a população! Para onde irão os pacientes que necessitam de medicamentos de alto custo e fórmulas especiais? São pacientes idosos,portadores de doenças crônicas que terão que se reportar a Diretoria de Assistência Farmacêutica em Salvador para receber suas medicações? E os pacientes de tuberculose e hanseníase, ficarão na mesma situação? Para onde irá o setor regulado dentre eles hospitais, drogarias, farmácias de manipulação serviços de diagnóstico por imagem, os quais pra funcionar necessitam das inspeções pela Vigilância Sanitária para recebimento de suas licenças sanitárias?  E o que dizer para o técnicos dos municípios que recebiam o apoio das referências técnicas das DIRES?

Como ficará o controle de doenças de transmissão vetorial ,dentre as quais dengue e chikungunya, principalmente agora no verão? E a distribuição de vacinas e soros? As solicitações de vacinas especiais deverão ser feitas diretamente ao Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, em Salvador?

Terá o nível central da Secretaria de Saúde do Estado condições de centralizar todas as capacitações de profissionais e acompanhamento das ações de vigilância epidemiológica dos 417 municípios?

Socorro!O SUS estadual está afundando e nós (população e servidores ) estamos a deriva!”

Servidores da 29ª DIRES