A
sensação de insegurança espalha-se e aterroriza de maneira nunca antes
observada em nossa região, o medo paira sobre todos os cidadãos de bem, em
todos os lugares, a qualquer hora do dia, enfim, a realidade da segurança
pública que nos cerca, encontra-se sem efeito diante a problemática descrita.
Não
faz muito tempo que aquele velho conselho de nossas mães para que tivéssemos
cuidado ao sair de casa, era apenas uma preocupação típica e quase que
exagerada do amor materno, entretanto, agora não mais! A violência, outrora
característica dos grandes centros, migrou de forma exacerbada, e sem encontrar
resistências vem fazendo das nossas antes silenciosas e pacatas cidadezinhas do
interior, verdadeiras zonas de guerra.
A
guerra está covardemente instaurada contra as pessoas de bem, pais e mães de
família, trabalhadores e honestos cidadãos que carregam esse país literalmente
nas costas e o faz existir, vivem um momento de terror diante a situação de
nossa região. Nesse contexto, ressalto cidades do Vale do Jiquiriçá as quais de
algum modo estou inserido, assim, lamento muito e denuncio a realidade violenta
de Elísio Medrado, São Miguel das Matas, Amargosa, Laje, Mutuípe, Varzedo e
Santa Teresinha, sem negar a igualdade de atenção para as demais.
As
modalidades de crimes ali observados são muitos, assim, assaltos a caixas
eletrônicos, tráfico de entorpecentes, porte ilegal de armas, assalto a mão
armada a residências e comércios, bem como outros passaram a fazer parte –
infelizmente! – do nosso cotidiano, entretanto, o grande destaque vai para os
roubos e furtos de motos, que vem atormentando a todos pela eminente
possibilidade de perca do bem material conquistado com muito esforço, além do
receio a integridade física. Estamos presos, gradeados, fazendo de nossos lares
verdadeiras fortalezas com muros altos, cerca elétrica e outros sistemas de
segurança, reclusos em nossos quilombos atuais, enquanto a bandidagem passeia
livremente numa total inversão e /ou subtração do direito de ir e vir.
Quem
de nós já não fomos ou temos em nosso círculo de amizade alguém vitimado pela
nova realidade da violência que estamos obrigados a conviver? A lista é grande:
Seu João teve o mercadinho invadido na manhã passada; fulano teve a moto tomada
de assalto; o vizinho levou um tiro; o caixa do banco foi de novo estourado;
roubaram o celular de José; o irmão de beltrano foi morto, enfim, somos todos
vítimas do caos e reféns da insegurança. A lamentável sensação que temos é que
se não aconteceu conosco ainda é por puro golpe de sorte.
Espero
que este seja apenas um fenômeno passageiro, que nossas forças de segurança – ora
também vítimas do sistema – consiga superar tal situação. Não podemos continuar
a viver nesse clima terrível de “Jogos Mortais” ou “A Próxima Vítima”.
Autor: Odemar Lúcio
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