O primeiro dia
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcado por questões sobre
feminismo, globalização e meio ambiente. A prova, que costuma trazer temas
relacionados ao cotidiano e interpretação de texto, apresentou uma questão
sobre igualdade de gênero na área de Ciências Humanas, com uma citação da
filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir, que virou tema mais comentado
pelos estudantes quando eles saíram da prova.
O exame também
teve duas questões de globalização e cinco de meio ambiente, tema que
permeou tanto a parte de Ciências Humanas quanto de Ciências da
Natureza. A prova de química se destacou pelo seu grau de dificuldade,
segundo os comentários dos participantes nas redes sociais. As perguntas sobre
globalização se referiram às teias globais de produção e à mecanização da
mão de obra com o advento das tecnologias no final do século XX e início
do século XXI, o que promoveu grandes mudanças no mercado de
trabalho. O egocentrismo e a selfie voltaram a figurar na prova com trecho de
um texto do jornalista e sociólogo Muniz Sodré sobre o tema. O pensamento de
Paulo Freire, questionado em várias manifestações contra o governo e a esquerda
pelo país, também apareceu no teste. Entre os assuntos envolvendo
atualidades, foram abordados o Estado Islâmico, a crise hídrica e a ciberespionagem. As
perguntas que exigem análise de imagens também são recorrentes na prova e
costumam ser as mais comentadas. Nesta edição do Enem, uma charge do Ziraldo
sobre os empréstimos internacionais feitos durante a ditadura militar e uma
charge do Amarildo criticando o uso de agrotóxicos foram usadas.
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Valente
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