17 de junho de 2011

A violência globalizada

Por Odemar Lúcio

De fato, a globalização é uma realidade consolidada em nosso cotidiano, o que significa que todos os povos e países estão diretamente ligados e dependentes uns dos outros, assim tudo que acontece num lugar do planeta vai ter consequências nos outros lugares, dessa forma, mesmo morando na sua cidade – por menor que seja – pode ter vinho do porto, computador coreano, brinquedo made in china, macarrão italiano, carne argentina, café colombiano ou carros japoneses.
Seguindo as mesmas influências descritas no parágrafo anterior, a violência também tornou-se algo globalizado, de maneira que as ideias de agir agressivamente, o senso de flagelização do outro, não é particular de determinada região, pois está presente no mais longínquo das áreas habitadas e interposto pelos fatores globalizadores, tais como a televisão, o rádio, a internet e outros veículos. É fácil perceber que o fato da generalização da violência torna ainda mais complicado a aplicação das ações efetivas, visto que não é possível atacar diretamente todos os focos geradores, de forma que as atitudes efetuadas aqui no Brasil por exemplo, não surtirá efeito considerável no sentido global, portanto é preciso uma ação conjunta nesse nível, assim, torna-se necessário que uma assembleia mundial contra a violência seja formada, onde cada país participe com a presença do presidente, ministros, enfim, uma equipe afim de que diretrizes sejam discutidas e constituído um modelo de política de segurança, uma força tarefa com ações constitucionalizadas anti-violência, que atenda as individualidades de cada país, e que possa ser aplicada simultaneamente a nível mundial.
É certo que a violência não pode ser tratada isoladamente, mas sim, necessário é que ela seja compreendida como um problema generalizado, assim, o mundo precisa ser visto como um gigantesco país. A globalização promove uma grande mistura na cultura mundial, assim, os “valores” de guerra, os princípios da competição selvagem e desumana, as ideias destrutivas e terroristas, os conceitos de superioridade de um povo ou raça, a supervalorização do poder aquisitivo e material, os juízos corrompidos, tornam-se presentes em todas as nações do globo.

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