Na Avenida
Sete, quem precisa ir às agências bancárias em busca de algum serviço já se
prepara para as longas filas. É mau humor certo. No caminho, porém, tem uma
grande possibilidade de dar de cara com o sorriso de Neinha. “Pra mim, ela é a
melhor baiana de acarajé de Salvador”, sentencia a administradora Avanir
Dantas, que há dez anos frequenta a barraca.
A qualidade do
atendimento das baianas da cidade e dos bancos foi medida pelo Instituto
Futura, em parceria com o CORREIO. Elas ficaram em primeiro lugar. Eles, em
último. De acordo com o levantamento, sete em cada dez soteropolitanos avaliam
o atendimento das baianas como bom ou ótimo.
Com 73,8%, elas são seguidas dos garçons (54,3%), taxistas (48,6%), cobradores de ônibus (36,7%), policiais (30,9%) e servidores públicos (29,4%) (veja tabela). Por último, estão os bancos. Apenas 26,4% dos entrevistados acham que as instituições atendem pelo menos bem. Três em cada dez pessoas que responderam à pesquisa consideraram ruim ou péssimo o serviço prestado. No total, 401 pessoas foram entrevistadas.
Com 73,8%, elas são seguidas dos garçons (54,3%), taxistas (48,6%), cobradores de ônibus (36,7%), policiais (30,9%) e servidores públicos (29,4%) (veja tabela). Por último, estão os bancos. Apenas 26,4% dos entrevistados acham que as instituições atendem pelo menos bem. Três em cada dez pessoas que responderam à pesquisa consideraram ruim ou péssimo o serviço prestado. No total, 401 pessoas foram entrevistadas.
Há 22 anos, a
freira Maria do Rosário Siqueira já havia descoberto a simpatia que levou as
baianas ao primeiro lugar no atendimento. Em 1991, ela foi pela primeira vez à
barraca de Neinha e, desde então, sempre que passa pela Avenida Sete não
dispensa o quitute da baiana. “Deixei o pão de queijo pelo acarajé. Esse canto
aqui não dá pra esquecer”, brinca a freira. Neinha revela o segredo: “É o
sorriso e o bom atendimento”. Na pesquisa, apenas 7,2% dos entrevistados se
disseram insatisfeitos com o serviço das baianas.
Já a médica
Fernanda Galiano, 31 anos, prefere o acarajé de Regina, no Rio Vermelho. Ela,
que mora no Rio de Janeiro, veio a Salvador para visitar a mãe, Dirlene
Galiano, 71 anos, e já foi para a banca de Regina relembrar o sabor da iguaria
baiana. “O atendimento é excelente e o acarajé é melhor ainda”, contou Dirlene.
Opiniões à parte, mãe e filha concordam que as baianas de acarajé são as mais
simpáticas dentre os profissionais de Salvador.
“Isso mostra
que a gente está fazendo um bom trabalho”, opina a presidente da Associação das
Baianas, Rita Santos, 53 anos. “A baiana, por natureza, já atende bem. A gente
só complementa, dando cursos de qualificação. Colocamos elas na sala de aula”,
garante Rita, que reclama do poder público. “Não podemos contar com o poder
público. A prefeitura não faz muito e o governo do estado só quer fazer curso
de inglês”, afirma.
A
superintendente de Serviços Turísticos e coordenadora do Programa de
Qualificação da Secretaria de Turismo da Bahia, Cássia Magalhães, confirma o
curso de línguas, mas não só para as baianas. “Sentimos a necessidade de
capacitar também taxistas e ambulantes. Serão promovidos cursos de inglês e
espanhol no primeiro semestre”.
Fonte: Ibahia
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