A Polícia Federal concluiu que o boato sobre o Programa Bolsa Família,
que provocou grandes filas e tumultos em agências da Caixa Econômica Federal e
casas lotéricas de 12 Estados no fim de semana dos dias 18 e 19 de maio,
"foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo os
tenha causado"."Conclui-se, assim, pela inexistência de elementos que
possam configurar crime ou contravenção penal", afirma a PF.
A
investigação sobre os boatos do Bolsa Família foi encerrada nesta sexta feira,
12. A PF encaminhou o relatório final ao Juizado Especial Criminal do Distrito
Federal.
Entre as linhas de investigação da PF foi analisada
possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. Foi
identificada uma postagem, na rede social com maior número de usuários no
Brasil, feita pela filha de uma beneficiária da cidade de Cajazeiras (PB),
informando sobre o saque antecipado de sua mãe. Essa foi a primeira menção na
internet a respeito do assunto.
“No entanto, a postagem desta informação não foi a origem
dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram
notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias”,
informa a PF.
“Da mesma forma, não ficou configurada a utilização de
rádios comunitárias, telemarketing ou empresa contratada para a disseminação da
informação de cancelamento do programa”, destaca a investigação da PF. “Apenas
uma beneficiária no Rio de Janeiro noticiou ter recebido telefonema a respeito,
depoimento que não se repetiu em nenhuma outra oitiva.”
Para que fossem identificados os primeiros beneficiários,
a Polícia Federal solicitou à área operacional da Caixa os registros de saques
realizados no período, bem como o padrão das retiradas realizadas nos meses
anteriores.
Fonte:
Estadão
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