Uma denúncia
grave chegou a Andaiá FM durante o Programa Levante a Voz nesta quarta-feira
(18). Ao fim do oitavo mês de gestação, Tamires da Silva Sampaio, de 21 anos,
perdeu sua primeira filha após percorrer quatro hospitais no Recôncavo baiano.
Por volta das 23h da última segunda-feira (16), com a bolsa rompida, ela
procurou o Hospital Maternidade Luís Argolo, em Santo Antônio de Jesus (a 185
km de Salvador), e o Hospital Municipal de Muritiba, mas não foi atendida por
falta de médico. Depois procurou o Hospital Nossa Senhora do Bonsucesso, em
Cruz das Almas, onde foi informada que não tinha vaga. "Um funcionário
disse que o hospital de Santo Antônio manda gestante para lá todo dia. Só nesta
semana foram nove e todas sem relatório médico", lamentou Rodrigo da
Silva, irmão de Tamires.
O irmão de
Tamires relatou ainda que a orientação do médico em São Félix era seguir para
Feira de Santana, mas a família resolveu voltar para Santo Antônio de Jesus.
"Quando a gente chegou no Luís Argolo já era quase 4h da manhã e disseram
que o médico só chegava ás 7h. Então fomos para casa", salientou Rodrigo
da Silva.
Na terça-feira
(17) por volta das 6h30 Tamires voltou ao Hospital Maternidade Luís Argolo,
onde entrou em trabalho de parto ás 7h24. O irmão de Tamires afirmou que a
jovem não suportava mais as dores, quando voltaram ao Hospital Maternidade Luís
Argolo. "Ela foi atendida quase ás 7h20 da manhã de terça-feira quando o
médico Francisco Freire chegou e fez logo o parto da minha irmã, mas o bebê já
estava morto. Ele disse que minha irmã poderia ter morrido. Ele fez de tudo
para ela ficar bem", contou o jovem. O irmão de Tamires elogiou o
atendimento dado a irmã pelo médico Francisco Freire, que conversou com a
família sobre o estado dela, que permanece internada na UTI do Luís Argolo.
O médico
Francisco Freire relatou que não pode afirmar que o bebê morreu por falta de
atendimento à gestante. "Não posso afirmar isso. Quando fiz os exames eu
disse a ela que já estava morto porque estava despelando e parece que há mais
de 24h. Eu fiz o que pude, fiz minha parte", avaliou o médico.
Fonte:
Cristina Pita/Blog do Valente
Isso é um absurdo! É pra isso que colocamos os governantes no poder?
ResponderExcluirInfelizmente isso é Bahia/Brasil!!