Durante
séculos a aroeira-vermelha é utilizada por comunidades da Amazônia para tratar
infecções na pele e outros tecidos, porém, só agora cientistas conseguiram
compreender essa prática de cura ancestral, em um estudo publicado na última
sexta-feira no periódico Scientific Reports, um grupo de pesquisadores testou
uma substância derivada da planta brasileira em camundongos e descobriu que
alguns dos seus componentes são capazes de desativar genes responsáveis pela
virulência da MRSA, sigla em inglês para Staphylococcus aureus resistente a
meticilina, bactéria que é a principal causadora de infecções hospitalares.
Faz tempo que
os cientistas vêm tentando encontrar uma solução para o crescente problema das
infecções por superbactérias, já conseguiram desenvolver algumas alternativas
de medicamentos, incluindo um novo tipo de antibiótico que ainda não existia no
mercado e um remédio à base de vírus que ataca o interior das células bacterianas,
a principal dificuldade, no entanto, é que se algumas dessas bactérias
sobreviverem aos novos medicamentos, podem passar seus genes adiante e tornar
as novas gerações resistentes a eles também, o extrato da aroeira-vermelha
estudado por Cassandra e sua equipe, porém, atua de uma maneira diferente,
chamado de 430D-F5, ele é composto por uma mistura de 27 substâncias químicas,
nenhuma delas é capaz de matar a bactéria, porém, conseguem desarmá-la,
silenciando o gene que é responsável pela comunicação entre os microrganismos.
Voz da Bahia
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