Tudo que vivemos durante a vida fica
registrado no subconsciente. E muitas vezes determina o nosso comportamento
futuro. Reagimos em determinadas situações motivados pelos reflexos das nossas
vivências, dependendo da intensidade do que foi vivido e a forma pela qual
fomos atingidos emocionalmente.
Quando presenciamos situações que já
foram vivenciadas, a nossa carga emocional se descontrola intensamente,
aumentando significativamente a nossa reação diante do estímulo vivenciado, o
qual aciona o gatilho emocional armazenado no subconsciente. E respondemos de
forma positiva ou negativa dependendo de como fomos afetados, desencadeando
reações de forma amplamente intensificadas.
Se ao longo da vida não obtivermos
equilíbrio emocional para aprender a diferenciar o que está sendo vivenciado do
que já foi vivido, traremos consequências desastrosas para o nosso presente e
futuro. Oriundo de um passado mal resolvido, então podemos supor que não
reagimos só mediante o que estamos vivendo.
E sim de acordo com a bagagem adquirida ao longo da vida.
As situações cotidianas vivenciadas se
repetem em momentos distintos. Mas não serão fatores determinantes para o nosso
futuro. O fato de vivermos momentos de intensa euforia ou extrema tristeza são
balizadores da nossa personalidade, a qual será construída, reconstruída e
desconstruída ao longo da vida.
Esse é o nosso processo de evolução,
que nos torna adaptáveis às mais diversas situações. O que teremos é que
adquirir experiências para sabermos diferenciar passado, presente e futuro.
Adquirindo a sabedoria necessária para
superar os momentos conflituosos que tendem a se repetir se não forem devidamente
superados e direcionados a nosso favor, eles tornar-se-ão vilões na construção
da nossa identidade emocional. E dificultadores estruturais da nossa história.
Cada situação vivenciada é única, e devemos aprender a utilizar erros passados
para acertos futuros.
Neia Andrade é colunista e professora. E-mail: neia.andrade.ba@gmail.com
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