Distribuídos na entrada do estádio, os
chocalhos inspirados no caxixi ecoaram durante toda a partida. Animados com o
bom desempenho do Leão, os rubro-negros usaram a caxirola nas comemorações dos
gols e nos gritos de torcida, com músicas como o funk carioca Lek Lek (Passinho
do volante). “Faz um barulhinho bom, anima as músicas e tem som
agradável", pontuou o torcedor Leonardo de Matos.
Mais tímidos e sem ter muito o que
comemorar, os tricolores usaram discretamente a caxirola para tentar reanimar o
time em campo. “Está difícil usar hoje, mas a ideia é boa”, ressaltou a
torcedora do Bahia, Patrícia Macedo, 33 anos.
Apesar de ser comparada à vuvuzela,
criticada por ser barulhenta e atrapalhar os jogos durante a Copa 2010, na
África do Sul, a caxirola teve boa repercussão nos bastidores. “O instrumento é
bacana, tem um som legal. É bom para nós e para os torcedores”, destacou o
técnico do Bahia, Joel Santana, que em 2009 treinou a seleção sul-africana.
Punição
Torcedores do Bahia lançaram dezenas de caxirolas no gramado, no final do primeiro tempo, logo após um discussão entre Maxi Biancucchi e Fahel — o Vitória vencia por 2x0. “Eu fiquei muito triste. A gente tem que ter mais educação”, lamentou o técnico do Vitória, Caio Júnior.
Ninguém ficou ferido, mas o Bahia pode ser
punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). O Comitê Organizador Local
(COL) informou que o instrumento é aprovado pela Fifa e que as imagens serão
analisadas.
Informado sobre o incidente, o ministro do
Esporte, Aldo Rabelo, que participa de encontro empresarial em Comandatuba, no
sul da Bahia, lamentou: “Não é boa notícia”. Na sequência, tentou minimizar.
“Não necessariamente vai acontecer algo semelhante se o Brasil estiver perdendo
uma partida na Copa”.
Fonte/foto: Correio 24 Horas
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