22 de maio de 2014

Fonte Nova e centros de treinamentos são entregues à Fifa

Cristiano Ronaldo, Ribéry, Robben e Van Persie treinando no Barradão; Scweinsteiger, Özil, Müller, Xavi e Iniesta batendo bola em Pituaçu; a Fonte Nova à espera de todos esses craques e outros mais a partir do dia 13 de junho, às 16h, quando Espanha e Holanda reeditam a final do último Mundial em Salvador.

Vai ter Copa e os estádios e centros de treinamento baianos já estão à disposição da Fifa. A partir desta quarta-feira (21) e até o dia 11 de julho, a entidade assume a gerência dos três redutos da bola soteropolitana, além dos campos onde haverá treinamento de seleções, casos de Porto Seguro (Suíça), Mata de São João (Croácia) e Santa Cruz Cabrália (Alemanha).
“Todos estão prontos. Só estamos em fase de manutenção”, garante Líliam Pitanga, coordenadora executiva de projetos da Secopa. “França, Holanda, Portugal e Irã treinarão no Barradão antes dos treinos de reconhecimento na Arena Fonte Nova. Alemanha, Espanha, Bósnia e Suíça trabalham em Pituaçu”, revela.
Deve ter torcedor orgulhoso de ter CR7, o melhor do mundo, mostrando talento no estádio do Vitória, mas o clube precisará se adaptar às exigências das seleções neste período. “O time vai continuar treinando normalmente. O que existe é limitação de uso”, explica o supervisor de futebol rubro-negro, Mário Silva. “Priorizaremos o turno inverso. Se eles treinarem de manhã, vamos treinar à tarde, exatamente como aconteceu na Copa das Confederações”, completa.
Detalhe: o Leão não poderá usar o Barradão, só os outros campos da Toca do Leão. “Lá, estamos em período de cortes, fortalecimento do gramado... Essa semana será feito um corte helicoidal para atingir os 20 milímetros (de altura do gramado) exigidos pela Fifa”, destrincha Líliam Pitanga. A Secopa faz a interlocução com a entidade máxima do futebol mundial.
Ao final do período, o clube ficará com barreiras móveis, traves, bolas, desfibrilador, máquinas de gelo, dentre outros equipamentos trazidos pela Fifa.

Fonte Nova

O objetivo dos centros de treinamento é reproduzir as condições exatas do campo de jogo oficial. Já na Arena Fonte Nova, o negócio é deixar a grama perfeita para a bola rolar redonda nos seis jogos previstos. Na terça-feira (20), funcionários começaram a trabalhar na retirada de divisórias metálicas e de vidro, estrutura de bares e lanchonetes. Sai tudo. Alpinistas desmontaram as imagens da cervejaria que paga pelo naming right (direito de dar nome). Mas o campo é a ‘menina dos olhos’ dos responsáveis.
O gramado foi raspado baixinho e recebe hormônio vegetal que paralisa o crescimento da grama do tipo Bermuda Celebration. “Vamos fazer uso de uma semente de Inverno (Lollium Perene), porque o período que a Fifa escolhe é junho, por aqui, período de chuva e a Bermuda é uma grama de Verão. Ela se sai bem, mas precisa de muita luminosidade”, inicia Ricardo Novelino, engenheiro agrônomo.
O estádio terá um gramado misto, com sobreposição de gramas. “O mesmo processo que nos levou a ser um dos melhores campos da Copa das Confederações”, continua Novelino.
A semeadura da grama de Inverno será feita por uma máquina e começa amanhã. A promessa é de que entre oito e 12 dias, o gramado esteja uniforme. É o uso da tecnologia em favor de um campo perfeito. Um equipamento chamado Stadium Grow Lighting (SGL) dará as horas necessárias de luz ao verde do tapete da Fonte. “Suplementa a falta de luminosidade”, lembra Novelino. Depois disso tudo, vai faltar só a bola rolar.
Correio 24 Horas

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